Trauma infantil: O que fazer quando acontece?

18/02/2025

Traumas na infância são momentos desafiadores para os pais, especialmente porque acontecem de forma inesperada. Uma queda durante a brincadeira ou um tropeço no ambiente doméstico pode gerar lesões que variam de leves a graves. Por isso, compreender como lidar com essas situações é essencial para garantir a segurança e o bem-estar da criança.

Como identificar um trauma?

Após um acidente, é comum surgirem dúvidas como: “Será que quebrou?”. Para ajudar nesse momento, observe os seguintes sinais que podem indicar uma fratura ou lesão mais séria:

  • Dor intensa: Especialmente ao tentar mover ou tocar a área afetada.
  • Inchaço ou hematomas: Pode surgir logo após o impacto.
  • Dificuldade de movimentação: A criança pode evitar apoiar o membro ou demonstrar resistência ao movimento.
  • Deformidade: Em alguns casos, o membro pode apresentar um desvio visível.

Crianças nem sempre expressam dor da mesma forma. Algumas podem chorar, enquanto outras evitam mexer o local afetado ou ficam quietas devido ao susto. Por isso, o comportamento da criança é uma pista importante.

Saber como agir logo após o acidente pode fazer toda a diferença na recuperação:

  1. Mantenha a calma: Transmita segurança para a criança e para as pessoas ao redor.
  2. Imobilize a área afetada: Se houver suspeita de fratura, evite movimentar o membro. Use objetos disponíveis, como toalhas ou pedaços de papelão, para improvisar uma imobilização.
  3. Aplique gelo: Envolva o gelo em um pano limpo e aplique sobre o local por 10 a 15 minutos para reduzir a dor e o inchaço.
  4. Sangramentos: Lave a ferida com água corrente ou soro fisiológico e aplique uma compressa limpa para estancar o sangue.
  5. Procure atendimento médico: Em casos graves, ligue para o serviço de emergência (192) ou leve a criança ao pronto-socorro.

Como é feito o tratamento?

Após o trauma, a criança passará por avaliação clínica e exames, como raio-X, para confirmar o diagnóstico e definir o tratamento.

Lesões leves: Podem ser tratadas com gesso, talas ou bandagens para imobilizar o membro e permitir a recuperação.

Fraturas complexas: Alguns casos exigem procedimentos mais específicos, como redução (realinhamento do osso) ou até cirurgias para fixação com pinos e placas.

Reabilitação: Após o tratamento inicial, algumas crianças podem precisar de fisioterapia para recuperar a mobilidade e fortalecer a musculatura.

A boa notícia é que os ossos das crianças possuem grande capacidade de regeneração, resultando em uma recuperação mais rápida e eficiente em comparação aos adultos.

Durante o período de recuperação, alguns cuidados simples ajudam a evitar complicações:

  • Proteja o gesso: Ele precisa de tempo para secar e deve ser mantido longe da água.
  • Monitore o inchaço: Elevar o membro afetado acima do nível do coração pode ajudar.
  • Evite coçar o interior do gesso: Isso pode causar ferimentos. Para aliviar a coceira, use um secador de cabelo na função fria.
  • Fique atento a sinais de alerta: Como dor persistente, inchaço excessivo, formigamento ou alterações na cor da pele. Em caso de dúvida, retorne ao médico.

Prevenindo traumas

Embora os acidentes sejam inevitáveis, algumas práticas podem minimizar os riscos:

  • Certifique-se de que o ambiente esteja seguro, com pisos antiderrapantes e sem objetos perigosos ao alcance.
  • Supervisione as brincadeiras em locais elevados, como camas e escadas.
  • Use equipamentos de proteção em atividades esportivas, como capacetes e joelheiras.

Traumas infantis podem ser momentos desafiadores, mas com as orientações corretas, é possível agir com calma e garantir a segurança da criança. Sempre que houver dúvidas, procure um especialista para avaliação.